Na última sessão da Câmara Municipal de Pato Branco, os vereadores abordaram dois temas de grande relevância para o município: a retomada das ações do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) e as recentes demandas da população por agilidade em cirurgias e atendimentos hospitalares.
Turismo em Foco: CONTUR Retoma Atividades
O vereador Alexandre Zoche destacou sua participação na primeira reunião do ano do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), realizada na unidade do SESC de Pato Branco. Segundo ele, o encontro reuniu representantes de entidades, do comércio e do poder público, reforçando a importância do turismo para o desenvolvimento econômico local. Zoche enfatizou que Pato Branco, além de ser referência no esporte e na saúde, recebe visitantes que movimentam setores como hotéis, bares e restaurantes, gerando emprego e renda. O vereador valorizou o trabalho do presidente do COMTUR, Kaue Chiocoski, e do vice-presidente, Anery Junior Baggio, defendendo que o conselho atue de forma ativa e estratégica para atrair recursos e fortalecer a região.
Ele ressaltou ainda que repasses, como os provenientes de deputados para eventos como a Expopato, dependem de deliberações do conselho. Sem reuniões e aprovações, esses recursos não chegam ao município. Zoche pediu que o CONTUR seja reconhecido, valorizado e consultado em decisões que envolvam políticas públicas para o setor.
Crescimento das Campanhas por Cirurgias
O vereador Joecir Bernardi chamou atenção para um aumento expressivo, nos últimos 60 dias, das campanhas voltadas à realização de cirurgias, principalmente ortopédicas. Ele relatou que recebe quase diariamente pedidos de apoio para esses procedimentos e questionou se há problemas de gestão ou falhas na articulação com a Secretaria Municipal de Saúde. Bernardi informou que, conforme esclarecido por representantes do CONIMS (Consórcio Intermunicipal de Saúde), cabe ao município solicitar os serviços disponíveis, e não ao consórcio oferecer de forma espontânea. Segundo ele, diversas especialidades já estão disponíveis, e a falta de ação municipal pode atrasar atendimentos.
Gestão e Decisão em Casos de Emergência
Durante seu pronunciamento, Bernardi reforçou que, em situações emergenciais, o gestor público deve agir com rapidez, assumindo responsabilidades e buscando soluções mesmo diante de entraves burocráticos. “O agente público tem que ter feeling (ter uma intuição, um pressentimento ou uma forte impressão sobre algo, geralmente relacionado a uma decisão ou situação). Esse caso dá para seguir o protocolo, mas este outro precisa ser resolvido de imediato”, afirmou, acrescentando que, em casos extremos, é possível dialogar com o Ministério Público para garantir o atendimento. O vereador foi enfático ao dizer que não há justificativa para deixar um paciente com fratura internado dias à espera de cirurgia se os recursos e procedimentos já estão disponíveis. “Se isso não é emergência, o que é emergência?”, questionou.
Defesa do Cidadão e Compromisso Ético
Bernardi classificou como inadmissível a permanência prolongada de pacientes em sofrimento nos hospitais, lembrando que todos os agentes públicos — prefeitos, vereadores, promotores e juízes — têm obrigação legal, moral e ética de proteger o cidadão. Ele concluiu seu discurso afirmando que, embora reconheça que alguns casos possam ser pontuais, continuará trazendo o tema à Câmara sempre que necessário. “O sistema, tendo a solução, tem que solucionar. De nada adianta chorar depois ao redor do caixão”, alertou.
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