Durante a sessão da Câmara Municipal de Pato Branco, o vereador Rodrigo Correia manifestou forte preocupação com a demora na realização de cirurgias ortopédicas no município, especialmente em casos de fratura. Segundo ele, pacientes têm permanecido internados por dias, sofrendo dores, enquanto aguardam materiais e procedimentos.
O parlamentar relatou ter vivenciado a situação de perto, quando esteve internado por uma semana no Hospital Policlínica. No mesmo quarto, dois jovens motociclistas — um do bairro São Cristóvão e outro do Pinheirinho — aguardavam há cinco e sete dias, respectivamente, a colocação de placas para tratar fraturas nas pernas.
“Fiquei uma semana no hospital e, quando recebi alta, eles ainda estavam lá. Liguei para a secretária de Saúde pedindo explicações e começou o jogo de empurra: o hospital culpa o município, o município culpa o hospital, e o paciente continua sofrendo”, afirmou Rodrigo.
O vereador citou também o caso recente de dona Matilde, idosa conhecida por participar de projetos sociais no município. Ela foi vítima de atropelamento na última sexta-feira e, desde então, aguarda cirurgia para fratura na perna. “No meu entendimento, a operação deveria ter sido feita no mesmo dia. Hoje, me disseram que, se tudo correr bem e a placa chegar, a cirurgia será feita só na próxima sexta-feira — e mesmo assim sem garantias. Agora recebi a informação de que ela pode ser transferida para Toledo. É um absurdo”, declarou.
Rodrigo criticou o fato de Pato Branco se apresentar como “referência em saúde”, mas, segundo ele, não atender adequadamente sua própria população. “Muitos municípios vêm buscar especialidades aqui, mas nossos pacientes estão sendo mandados para outras cidades”, disse, lembrando o caso de um morador encaminhado a Guaraniaçu para cirurgia, mas que foi devolvido a Pato Branco porque o hospital local não realizava o procedimento.
O vereador cobrou explicações claras sobre a relação entre o Hospital Policlínica, a Secretaria Municipal de Saúde e o Consórcio Intermunicipal de Saúde (Conims). “As reclamações chegam todos os dias. Saúde é urgência, não pode esperar. Eu mesmo tive medo de morrer quando estive internado. Imagine a dor e a angústia de uma senhora idosa, deitada numa cama apenas com remédio para dor, sem previsão de cirurgia”, concluiu.
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