Em recente manifestação durante sessão legislativa, o vereador Rafael Foss trouxe à tona novamente a polêmica dos chamados “patinhos de ouro”. O tema, que já havia ganhado repercussão anteriormente, voltou ao debate com novas informações sobre valores gastos pela administração municipal em peças de comunicação e divulgação. A fala destacou críticas à destinação de recursos, à estrutura de comunicação da prefeitura e às prioridades no uso do dinheiro público.
A Polêmica dos Patinhos de Ouro
O ponto de partida da manifestação foi um requerimento apresentado pelo parlamentar, no qual solicitava esclarecimentos sobre os gastos envolvendo a criação de vídeos relacionados ao tema dos patinhos. Em resposta às quatro perguntas apresentadas, a prefeitura enviou 71 páginas de informações.
Segundo os dados, os valores investidos foram:
- R$ 8.000,00 em um vídeo de 30 segundos;
- R$ 16.500,00 em outros dois vídeos;
- R$ 34.890,00 na criação dos patinhos.
O total desembolsado chegou a R$ 59.390,00, distribuído em apenas quatro notas fiscais.
A Estrutura de Comunicação da Prefeitura
Questionada sobre o motivo de não utilizar sua própria equipe para a produção do material, a administração respondeu que a equipe de comunicação é reduzida e está concentrada nas demandas diárias, como manutenção de redes sociais e assessoria de imprensa. Ainda segundo a justificativa, a equipe não teria equipamentos nem capacitação técnica para produzir materiais do tipo. A fala de Rafael, no entanto, rebateu o argumento, lembrando que até mesmo um celular poderia ter sido utilizado para a produção dos vídeos e que havia profissionais na prefeitura formados em marketing que poderiam auxiliar.
Críticas ao Custo e à Qualificação
O vereador classificou como “vergonha” o valor gasto e questionou a qualificação da equipe de comunicação, que, segundo ele, recebe mais de R$ 70 mil mensais no total para desempenhar suas funções. Ele ironizou a justificativa de falta de tempo e estrutura, comparando com a realidade de trabalhadores que enfrentam jornadas exaustivas por salários muito inferiores. Rafael reforçou que vários cidadãos conseguiram reproduzir os vídeos de forma simples, sem custos elevados, evidenciando, segundo ele, a desproporção do investimento feito pela prefeitura.
Falta de Prioridades: Educação e Saúde
Em sua fala, Rafael ampliou o debate para a questão das prioridades do município. Citou como exemplo o CMEI do bairro Fraron, que deveria estar concluído, mas segue em atraso. O parlamentar destacou que a população cobra diariamente vagas em creches e que recursos poderiam ter sido melhor aplicados na conclusão da obra. Além disso, ressaltou o gasto de R$ 700 mil com a imprensa apenas para divulgação das ações da prefeitura, valor que, segundo ele, poderia ultrapassar R$ 1 milhão até o fim do ano. Para Rafael, investimentos em saúde e educação gerariam resultados muito mais concretos e visíveis para a população do que despesas em publicidade.
O Papel da Imprensa
Outro ponto levantado foi a atuação da imprensa local. Para o parlamentar, os veículos deveriam exercer uma postura mais crítica diante desses gastos, mas, em vez disso, estariam apenas divulgando notícias positivas sobre a gestão municipal. Ele ironizou eventuais notas de repúdio emitidas por veículos de comunicação e questionou a credibilidade da imprensa local, afirmando que não enxerga contribuição significativa no debate público.
Conclusão
A manifestação de Rafael sobre os “patinhos de ouro” trouxe novamente à tona a discussão sobre a gestão de recursos públicos, a eficiência da comunicação institucional e, principalmente, a definição de prioridades na administração municipal. Entre críticas a gastos considerados supérfluos e a defesa de investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura, a fala reforça um ponto central: a população espera que cada real dos cofres públicos seja usado de forma responsável e em benefício direto da cidade.
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