O Departamento de Vigilância em Saúde de Pato Branco divulgou, em 26 de agosto de 2025, o Boletim Epidemiológico nº 19, que detalha a situação das arboviroses no município. O documento, que abrange o período de 01 de janeiro a 26 de agosto de 2025, revela um cenário que exige atenção contínua da população e das autoridades de saúde. Os dados, compilados a partir da plataforma Dengue Online, são cruciais para a compreensão da dinâmica dessas doenças na região e para a implementação de medidas preventivas eficazes. Este relatório jornalístico aprofunda-se nos números e nas implicações dos casos de Dengue e Chikungunya, as duas arboviroses com maior incidência no período analisado.
Dengue: Casos Confirmados e Bairros Mais Afetados
A Dengue continua a ser uma preocupação significativa em Pato Branco. O boletim indica um total de 2.760 notificações da doença no período. Destes, 788 casos foram confirmados, sendo 716 classificados como autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município. Felizmente, não houve registro de óbitos por Dengue até a data de emissão do boletim.
O índice de infestação atual, de 0,2%, embora pareça baixo, requer vigilância constante, pois a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, pode ser rápida e imprevisível. A distribuição dos casos confirmados por bairro demonstra a capilaridade da doença, atingindo diversas regiões da cidade. O bairro Planalto lidera com 132 casos, seguido por São João (85) e São Cristóvão (83). A tabela a seguir detalha os bairros com maior número de ocorrências:
Bairro | Casos Confirmados |
Planalto | 132 |
São João | 85 |
São Cristóvão | 83 |
Centro | 57 |
Bela Vista | 40 |
Alvorada | 37 |
São Roque | 26 |
Morumbi | 25 |
Pinheirinho | 23 |
Fraron | 21 |
Sudoeste | 20 |
Jardim Floresta | 20 |
La Salle | 17 |
Santo Antônio | 13 |
Cristo Rei | 11 |
Bortot | 11 |
Novo Horizonte | 10 |
Esses dados reforçam a necessidade de ações localizadas de combate ao mosquito, com foco nas áreas de maior incidência, mas sem negligenciar a prevenção em todo o território municipal. A participação da comunidade é fundamental para eliminar focos de água parada, onde o mosquito se reproduz.
Chikungunya: Um Crescimento Preocupante
A Chikungunya apresenta números ainda mais alarmantes no boletim. Com 70.948 notificações, a doença teve 30.446 casos confirmados, sendo 30.230 autóctones. Assim como na Dengue, não houve registro de óbitos por Chikungunya no período analisado. O grande volume de casos confirmados de Chikungunya é um indicativo de que a doença está se espalhando rapidamente e de forma mais abrangente no município. A distribuição por bairros também mostra o Planalto como o mais afetado, com 95 casos, seguido por São João (38) e Bela Vista (31). A tabela abaixo ilustra os bairros com maior número de casos de Chikungunya:
Bairro | Casos Confirmados | |||
Planalto | 95 | \n | São João | 38 |
Bela Vista | 31 | |||
São Cristóvão | 25 | |||
Centro | 21 | |||
Morumbi | 19 | \n | Alvorada | 14 |
São Roque | 13 | |||
Sudoeste | 10 | |||
Pinheirinho | 10 |
Os números da Chikungunya demandam uma resposta ainda mais robusta das autoridades de saúde e da população. A doença, embora raramente fatal, pode causar dores articulares crônicas e debilitantes, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Ações e Recomendações
Diante do cenário apresentado pelo Boletim Epidemiológico, a Vigilância Ambiental de Pato Branco reitera a importância da colaboração de todos para o controle das arboviroses. A eliminação de focos de água parada é a medida mais eficaz para combater o Aedes aegypti. Pequenas ações, como verificar calhas, caixas d’água, vasos de plantas e pneus, podem fazer uma grande diferença na prevenção da proliferação do mosquito. Em caso de sintomas como febre alta, dores de cabeça, dores no corpo e manchas vermelhas na pele, é fundamental procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. A automedicação deve ser evitada, pois pode mascarar os sintomas e dificultar o diagnóstico correto.
Para mais informações ou para denunciar possíveis focos do mosquito, a população pode entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelo telefone 46 3213 1721.
Referências
Departamento de Vigilância em Saúde, Divisão de Vigilância Epidemiológica. Boletim Epidemiológico Arboviroses 2025, Nº 19.
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