A urgência do debate político responsável
Durante recente sessão legislativa em Pato Branco, o vereador Joecir Bernardi destacou a necessidade de fortalecer o diálogo entre Executivo, Legislativo e demais atores políticos. Segundo ele, a ausência de comunicação efetiva resulta em prejuízos diretos para o cidadão, que é o usuário final dos serviços públicos em áreas como saúde, educação, esporte e agricultura. Bernardi reforçou que a política não deve ser confundida com autoritarismo ou imposição de opiniões. Para ele, a política é a arte da construção coletiva, onde todos têm razão em parte e o desafio é encontrar o equilíbrio em meio às divergências.
A questão da insalubridade: papel do Legislativo e do Executivo
Um dos pontos centrais debatidos foi a regulamentação da insalubridade no serviço público. Bernardi deixou claro que a função da Câmara não é alterar valores, mas sim avaliar, fiscalizar e decidir dentro dos limites legais. Ele propôs que, nos 30 dias subsequentes à aprovação do projeto em regime de urgência, Executivo e servidores abram espaço para negociações que possam pacificar a questão antes de uma decisão definitiva. O vereador também ressaltou que, se não houver diálogo suficiente, caberá aos parlamentares apenas dizer “sim” ou “não”, sem possibilidade de ajustes — o que pode gerar perdas significativas para parte dos servidores.
O impacto na comunidade
Bernardi alertou que o rompimento do diálogo político não prejudica vereadores ou prefeitos, mas sim a comunidade que os elegeu. “Qualquer ação política nossa prejudica a ponta”, disse, referindo-se diretamente ao cidadão que depende dos serviços públicos. Ele destacou ainda que a responsabilidade do Legislativo é reduzir danos e construir pontes, mesmo quando não seja possível resolver os problemas em sua totalidade.
A posição do vereador Claudemir Zanco
Na mesma sessão, o vereador Claudemir Zanco manifestou concordância com Bernardi e reforçou a importância de reduzir tensões. Para ele, é necessário “acalmar o ritmo da cidade”, já que o cidadão é o maior prejudicado quando as decisões não são debatidas de forma aprofundada. Zanco trouxe exemplos de municípios vizinhos, como Chopinzinho e Dois Vizinhos, que regulamentaram a insalubridade de formas distintas: uma com base no menor vencimento e outra de acordo com o salário da categoria. Isso demonstra que há diferentes alternativas possíveis, mas todas precisam ser discutidas antes de chegar ao plenário.
Os riscos de decisões precipitadas
Zanco também apontou que, caso o projeto chegue ao plenário sem amadurecimento, a Câmara se verá diante de uma decisão binária, com impactos desiguais. Alguns setores podem sair beneficiados, enquanto outros serão claramente prejudicados. Ele exemplificou com a situação de um servidor que recebe R$ 8 mil desde 2013 e que, com a proposta em debate, poderia ter o adicional reduzido para R$ 500. Para Zanco, é evidente que esse trabalhador estaria sendo penalizado, o que pode afetar seu desempenho e, consequentemente, o atendimento à população.
Conclusão: a política como espaço de construção
As falas dos vereadores Joecir Bernardi e Claudemir Zanco convergem em um ponto essencial: a política municipal precisa priorizar o diálogo, o debate técnico e a construção coletiva de soluções. Decisões apressadas podem causar injustiças entre os servidores e prejudicar diretamente a população. Por isso, ambos defenderam que projetos complexos, como o da insalubridade, sejam amplamente debatidos antes de chegarem ao plenário, garantindo que o menor número possível de pessoas seja afetado negativamente. Em resumo, a sessão serviu como um alerta: sem diálogo, quem perde é a comunidade.
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