Reconhecimento e indignação diante da exclusão dos artistas locais
Durante a sessão da Câmara Municipal, o vereador Rodrigo Correia manifestou sua preocupação e indignação com a ausência de artistas locais na programação da Expopato. Em sua fala, o parlamentar destacou que diversos vereadores foram cobrados por músicos e bandas do município, que se sentiram excluídos do evento. “Confesso aos senhores e senhoras que fiquei entristecido”, afirmou Correia, ao relatar o descontentamento da classe artística diante da falta de espaço para apresentações na feira.
A Lei “Pratas da Casa” e a obrigatoriedade de incluir artistas locais
O vereador lembrou que existe uma legislação municipal em vigor — a Lei nº 6.248, de 2024, de sua autoria — que institui o Programa Pratas da Casa. Essa lei torna obrigatória a oferta de oportunidades para grupos, bandas, cantores e instrumentistas locais se apresentarem na abertura de eventos musicais apoiados pelo Poder Executivo Municipal. “Ou seja, a Expopato está sendo realizada por três entidades — o Sindicomércio, a Associação Comercial e Empresarial e a Sociedade Rural —, mas há recursos públicos envolvidos, dinheiro que sai do caixa da Prefeitura Municipal. Portanto, a lei deve ser cumprida”, enfatizou.
Segundo ele, é justo que os artistas de Pato Branco participem das aberturas dos shows nacionais, valorizando o talento local.
Pato Branco: um celeiro de talentos musicais
Correia ressaltou que Pato Branco é reconhecida por abrigar grandes artistas e músicos de diversos estilos, e que seria injusto deixar de prestigiar esses profissionais. “Não quero citar nomes para não cometer o erro de esquecer alguém, mas temos excelentes artistas e uma diversidade musical que merece reconhecimento”, afirmou.
Falta de espaço e comparação com outras feiras
O vereador demonstrou surpresa ao receber a informação de que não haveria espaço para artistas locais na Expopato. Ele relatou que, inicialmente, havia sido informado sobre a criação de um palco alternativo, já que alguns artistas nacionais, por cláusula contratual, não aceitam dividir o palco principal. “Mas é estranho. Na Expo Bel, artistas pratas da casa dividiram o palco com Ana Castela e outros artistas. Em Coronel Vivida, o mesmo aconteceu. Por que em Pato Branco não pode?”, questionou.
Correia também mencionou que circulavam informações sobre a utilização de recursos da Lei Rouanet para remunerar os artistas locais. “Porque é justo que sejam pagos. Não podemos aceitar que artistas nacionais recebam R$ 800 mil, R$ 900 mil, R$ 1 milhão por duas horas de show, enquanto nossos artistas não são valorizados”, criticou.
Cobrança direta ao prefeito e à Secretaria de Cultura
Diante da situação, o vereador informou que entrou em contato diretamente com o prefeito Gery Dutra. “Liguei para o prefeito hoje de manhã e deixei ele ciente. Ele é a autoridade máxima do município e tem que garantir o cumprimento da lei. Falei para ele: deem um jeito, os artistas locais precisam estar na abertura desses shows”, declarou. Correia reforçou que a exigência vale para todas as noites da feira, não apenas para o show da cantora Simone Mendes.
Além disso, demonstrou indignação com o Departamento de Cultura, afirmando que já havia cobrado providências por meio do Requerimento nº 905, de 26 de setembro, solicitando informações sobre a divulgação da lei e o chamamento público para cadastro de artistas locais. “Quem não teria interesse em abrir um show de Simone Mendes ou Luan Santana? Mas até hoje não temos nada de concreto, nenhuma certeza de que nossos artistas estarão presentes”, lamentou.
Reconhecimento aos organizadores e apelo final
Apesar das críticas, o vereador parabenizou as entidades responsáveis pela organização da feira — Associação Comercial e Empresarial de Pato Branco, Sindicomércio e Sociedade Rural —, reconhecendo o esforço voluntário de seus integrantes. “Parabéns aos organizadores, que muitas vezes deixam seus familiares de lado para se dedicar em prol do município. Mas é preciso garantir que a Expo Pato também valorize quem é daqui, quem faz parte da nossa cultura e da nossa identidade”, concluiu.
Conclusão:
A fala do vereador Rodrigo Correia reforça a importância da valorização dos artistas locais e o cumprimento da Lei “Pratas da Casa”, como forma de garantir espaço, visibilidade e reconhecimento aos talentos de Pato Branco nos eventos apoiados pelo poder público.

                                                                            
                                                                            
                                                                            
                                                                            
                                                                            
                
                                        
                                        
                                        
                                        
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