Durante sessão na Câmara Municipal, o vereador Rodrigo Correia trouxe novamente à tona um problema que vem se prolongando há mais de dois anos: o desabamento parcial do muro do cemitério municipal localizado na Avenida Brasil, em Pato Branco. O vereador relembrou que desde julho de 2023 vem cobrando providências junto à Secretaria de Engenharia, alertando para o risco iminente de desabamento da estrutura. Segundo Correia, já em 2023 ele havia protocolado um requerimento notificando formalmente a pasta responsável, mas foi ignorado pela gestão da época. O alerta feito pelo vereador acabou se confirmando meses depois.
Desabamento e Consequências Graves
Na madrugada de 14 de novembro de 2023, após uma forte chuva, parte do muro do cemitério acabou desabando. A administração municipal da época optou por uma solução paliativa, colocando blocos no local afetado. No entanto, o problema se agravou ainda mais quando a empresa vencedora do processo licitatório para reconstrução do muro iniciou os trabalhos. Durante a intervenção, houve novo desabamento que resultou na destruição de três capelas mortuárias, fato lembrado pelo vereador em plenário. Segundo ele, “todos aqui devem lembrar do ocorrido”, reforçando a gravidade da situação.
Requerimentos Ignorados e Nova Queda em 2025
Desde o primeiro desabamento, o vereador afirma ter apresentado três requerimentos em 2023 e 2024 solicitando a reconstrução completa do muro, mas não obteve retorno. Em 2025, o problema se repetiu: uma nova parte do muro desabou no início do ano. Mesmo diante disso, os apelos de Correia continuam sem resposta efetiva. Apenas neste ano, ele já encaminhou dois novos requerimentos — o mais recente na segunda-feira anterior à sua fala — cobrando providências. “Já vai completar dois anos que houve esse desabamento. E, infelizmente, nada foi feito”, lamenta o vereador.
Prejuízo ao Erário e Risco à População
Rodrigo Correia também destacou o impacto financeiro do caso. As famílias que perderam as capelas devido ao desmoronamento entraram com ações judiciais contra a Prefeitura. Como resultado, o município foi obrigado a reconstruir as três capelas no Cemitério Portal do Céu, com um custo de R$ 14 mil por unidade, totalizando R$ 42 mil aos cofres públicos. “E eu me pergunto: com uma arrecadação de mais de R$ 600 milhões ao ano, será que é tão caro assim refazer o muro?”, questiona o vereador, dirigindo-se diretamente ao prefeito Géri Dutra e aos secretários Vicente (Meio Ambiente) e Osmar Braun (Engenharia e Obras).
Um Apelo Urgente: Antes Que o Pior Aconteça
O vereador fez um apelo direto para que medidas sejam tomadas antes do Dia de Finados, 2 de novembro, quando muitas famílias visitam os túmulos de seus entes queridos. Ele advertiu que a situação do muro representa uma “vergonha” para a cidade, já que o dano agora se estende para ambos os lados da estrutura. “Não deixem para agir depois que novas capelas caírem ou que restos mortais voltem a ser lançados sobre a pista da Avenida Brasil”, alertou.
Compromisso com a População
Encerrando sua fala, Rodrigo Correia reforçou que sua atuação no plenário é voltada exclusivamente aos interesses da população. “Estou a serviço do povo, não de prefeito nem de secretário. Faço essa cobrança pelo povo patobranquense, principalmente pelas famílias que têm seus entes queridos no cemitério municipal”. Ele também sinalizou que, caso novas omissões ocorram, adotará uma postura ainda mais firme em suas intervenções na Câmara. “Não venham dizer depois que o vereador está sendo agressivo. Estou apenas cumprindo meu dever”.
Conclusão
O caso do muro do cemitério da Avenida Brasil é mais do que uma questão de infraestrutura: é um símbolo de descaso com a memória, o respeito e os recursos públicos. O apelo do vereador Rodrigo Correia evidencia a urgência de uma ação concreta e definitiva. A população de Pato Branco aguarda respostas — e principalmente soluções.
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