Neste domingo (o7), Pato Branco foi palco de uma manifestação que reuniu centenas de pessoas em carreata, em sintonia com atos realizados em várias cidades do Brasil. O movimento, segundo Mauro Mattia, teve como objetivo defender a democracia, resgatar a normalidade institucional e reafirmar o alinhamento do país com o chamado eixo ocidental.
Defesa da democracia e alinhamento internacional
De acordo com os organizadores, a manifestação buscou chamar a atenção para o que consideram um afastamento do Brasil de seus parceiros históricos, como Estados Unidos e Europa, em direção a regimes autoritários, citando China, Irã e Coreia do Norte. Para Mattia, a identidade brasileira sempre esteve ligada ao Ocidente, e a democracia nacional precisa ser resgatada diante de um cenário que classificou como preocupante.
Críticas às decisões da Justiça
Os manifestantes também levantaram críticas às decisões do Judiciário em relação às pessoas presas após os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo Mattia, cidadãos de idade avançada e participantes de manifestações pacíficas estariam recebendo penas consideradas desproporcionais, que chegam a 17 anos de prisão. Ele destacou ainda o caso de um preso com problemas de saúde que morreu sob custódia, apontando o episódio como exemplo das condições precárias enfrentadas pelos detidos.
O debate sobre anistia
Durante o ato, também foi defendida a concessão de anistia aos envolvidos. Mattia argumentou que os participantes das manifestações não deveriam sequer ser enquadrados nessa nomenclatura, já que, em sua visão, não cometeram crimes. Ainda assim, afirmou que a medida precisa passar pelo Congresso Nacional. A proposta de anistia, segundo ele, deveria incluir não apenas os manifestantes, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro e o 8 de Janeiro
O ex-presidente foi citado como alvo de acusações injustas relacionadas ao episódio de 8 de janeiro. Mattia ressaltou que Bolsonaro não estava sequer no Brasil na data, e que, além disso, já havia deixado o cargo, transmitindo a Presidência a Hamilton Mourão antes da posse do novo governo. Ele também argumentou que, se Bolsonaro tivesse a intenção de articular um golpe de Estado, não teria participado do processo de transição, que incluiu a entrega dos cargos de comando das Forças Armadas aos indicados do governo eleito.
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