Com essas duas novas iniciativas, a UFFS – Campus Realeza amplia para quatro o total de projetos em que é parceiro na execução do programa, somando-se a outros dois que já vinham sendo executados: um voltado ao atendimento de animais silvestres, em especial à conservação de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu, e outro que deve implantar o FABLAB Fronteira, um laboratório de fabricação digital para incentivar a inovação e o empreendedorismo sustentável na região. O investimento total dos quatro projetos supera os R$ 2,5 milhões. Os dois novos projetos terão atuação em eixos distintos: um é focado na criação de um viveiro para restauração florestal, já o outro na estruturação de um centro de memória regional para a preservação da história local. Confira os detalhes de cada um:
Projeto Jardim Botânico de Restauração Florestal de Realeza
O viveiro será instalado na UFFS e servirá para a triagem de sementes à produção das mudas. A expectativa é produzir, inicialmente, duas mil mudas de espécies como araucária, peroba, jequitibá-branco, entre outras. Além de incentivar a conservação ambiental, através do plantio de espécies nativas, o espaço também servirá como ambiente de aprendizado, recebendo visitantes e promovendo ações educativas com agricultores familiares, estudantes e a comunidade em geral.
A professora da UFFS, Berta Lúcia Villagra, fala como a preservação da flora local pode contribuir também com a preservação de outros recursos naturais, como a água. “Cada planta que será produzida por meio deste projeto vai ajudar a criar pequenas usinas de produção e proteção de água. A conservação da nossa flora é um investimento na segurança hídrica. Essa vegetação protege as margens dos rios e córregos da nossa região, filtrando impurezas e evitando que sedimentos e poluentes cheguem à água. Além disso, a mata nativa ajuda a segurar a água da chuva”, explicou a curadora do Herbário Real e também coordenadora do Projeto de Jardim Botânico da UFFS.
Centro de Memória e História Regional do Sudoeste do Paraná
O projeto nasce com o objetivo de preservar, valorizar e difundir o patrimônio histórico e cultural dos 42 municípios que formam a região Sudoeste do Paraná. A ideia é que o prédio do centro seja construído na UFFS, o espaço contará com salas para restauração de acervos, espaços expositivos, áreas de convivência e ambientes acessíveis ao público. O projeto foi idealizado pelo Fundo Municipal de Turismo (FUMTUR) que encontrou na universidade um parceiro para fomentar o turismo histórico e cultural em Realeza.
Parte da memória local já está guardada na UFFS – Campus Realeza. O acervo é formado por fotografias, jornais e objetos ligados à colonização e ao desenvolvimento da região, além de registros sobre a exploração da madeira e a formação das cidades. “A iniciativa de criar o Centro já é um sonho acalentado desde 2012, quando os docentes da área de Ciências Sociais e de História sentiram a necessidade de ampliar o acervo de material documental e didático para abordar diferentes aspectos da colonização e da formação social, econômica, política e cultural do Sudoeste do Paraná”, destaca o diretor do Campus Realeza, professor Marcos Antonio Beal, um dos idealizadores do projeto.
O Centro também terá papel essencial na formação e qualificação de profissionais que atuam na área cultural, fortalecendo a pesquisa e o ensino em temas ligados à memória, ao patrimônio e aos direitos humanos. Além disso, outro objetivo é formar uma Rede de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural do Sudoeste do Paraná e desenvolver o Itinerário Histórico e Cultural da Região, a proposta busca articular museus, arquivos e acervos municipais para conectar os municípios em torno de suas próprias histórias.
Mais
União repassa R$ 17,5 milhões a Pato Branco em setembro
Comunidade de São João Batista participa de audiência pública para o Programa de Asfalto Rural
Saúde em Pato Branco: vereadores cobram esclarecimentos sobre atrasos em cirurgias e falta de leitos