UFFS amplia para quatro número de projetos em parceria com o Programa ITAIPU Mais que Energia

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza é parceria de outras duas propostas selecionadas pelo Programa ITAIPU Mais que Energia. O programa busca potencializar o desenvolvimento de ações que estejam alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Os mais novos projetos são voltados para a conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento comunitário, e busca promover a transformação ambiental, além de incentivar a preservação do patrimônio histórico e cultural.

Com essas duas novas iniciativas, a UFFS – Campus Realeza amplia para quatro o total de projetos em que é parceiro na execução do programa, somando-se a outros dois que já vinham sendo executados: um voltado ao atendimento de animais silvestres, em especial à conservação de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu, e outro que deve implantar o FABLAB Fronteira, um laboratório de fabricação digital para incentivar a inovação e o empreendedorismo sustentável na região. O investimento total dos quatro projetos supera os R$ 2,5 milhões. Os dois novos projetos terão atuação em eixos distintos: um é focado na criação de um viveiro para restauração florestal, já o outro na estruturação de um centro de memória regional para a preservação da história local. Confira os detalhes de cada um:

Projeto Jardim Botânico de Restauração Florestal de Realeza

A ideia central é a construção de um viveiro para a produção de mudas de espécies nativas ameaçadas de extinção, além de fomentar a promoção de ações de educação ambiental na comunidade. Essa é uma iniciativa da Associação de Senhoras de Rotarianos, vinculada ao Rotary Clube de Realeza, e será desenvolvida em parceria com o Projeto de Jardim Botânico da UFFS. Também são parceiros na ação as prefeituras de Realeza, Santa Izabel do Oeste e Pérola D’Oeste e o Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pérola D’Oeste.

O viveiro será instalado na UFFS e servirá para a triagem de sementes à produção das mudas. A expectativa é produzir, inicialmente, duas mil mudas de espécies como araucária, peroba, jequitibá-branco, entre outras. Além de incentivar a conservação ambiental, através do plantio de espécies nativas, o espaço também servirá como ambiente de aprendizado, recebendo visitantes e promovendo ações educativas com agricultores familiares, estudantes e a comunidade em geral.

A professora da UFFS, Berta Lúcia Villagra, fala como a preservação da flora local pode contribuir também com a preservação de outros recursos naturais, como a água. “Cada planta que será produzida por meio deste projeto vai ajudar a criar pequenas usinas de produção e proteção de água.  A conservação da nossa flora é um investimento na segurança hídrica. Essa vegetação protege as margens dos rios e córregos da nossa região, filtrando impurezas e evitando que sedimentos e poluentes cheguem à água. Além disso, a mata nativa ajuda a segurar a água da chuva”, explicou a curadora do Herbário Real e também coordenadora do Projeto de Jardim Botânico da UFFS.

Centro de Memória e História Regional do Sudoeste do Paraná


O projeto nasce com o objetivo de preservar, valorizar e difundir o patrimônio histórico e cultural dos 42 municípios que formam a região Sudoeste do Paraná. A ideia é que o prédio do centro seja construído na UFFS, o espaço contará com salas para restauração de acervos, espaços expositivos, áreas de convivência e ambientes acessíveis ao público. O projeto foi idealizado pelo Fundo Municipal de Turismo (FUMTUR) que encontrou na universidade um parceiro para fomentar o turismo histórico e cultural em Realeza.

Parte da memória local já está guardada na UFFS – Campus Realeza. O acervo é formado por fotografias, jornais e objetos ligados à colonização e ao desenvolvimento da região, além de registros sobre a exploração da madeira e a formação das cidades. “A iniciativa de criar o Centro já é um sonho acalentado desde 2012, quando os docentes da área de Ciências Sociais e de História sentiram a necessidade de ampliar o acervo de material documental e didático para abordar diferentes aspectos da colonização e da formação social, econômica, política e cultural do Sudoeste do Paraná”, destaca o diretor do Campus Realeza, professor Marcos Antonio Beal, um dos idealizadores do projeto.

O Centro também terá papel essencial na formação e qualificação de profissionais que atuam na área cultural, fortalecendo a pesquisa e o ensino em temas ligados à memória, ao patrimônio e aos direitos humanos. Além disso, outro objetivo é formar uma Rede de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural do Sudoeste do Paraná e desenvolver o Itinerário Histórico e Cultural da Região, a proposta busca articular museus, arquivos e acervos municipais para conectar os municípios em torno de suas próprias histórias.

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