A visita que trouxe inquietação
“Hoje, compartilho uma reflexão que nasce de uma experiência difícil e preocupante. Nesta manhã, visitei uma escola municipal e saí de lá com sentimentos mistos — tristeza, preocupação e desânimo. O que vi foi desanimador: nossas crianças, verdadeiras guerreiras, enfrentam junto com os dedicados profissionais da educação condições que são muito insuficientes”, registrou o vereador Alexandre Zoche.
A confusão com o material pedagógico
Dentro da escola, um dos problemas mais visíveis era a falta de definição em relação ao material escolar. Professoras estavam perdidas, sem saber se continuariam utilizando o material do sistema Aprende Brasil ou se migrariam para outro, sem uma orientação clara. Essa situação já havia sido alertada desde o início: mudanças em material pedagógico no meio do ano letivo causam instabilidade. Hoje, infelizmente, confirma-se que nossos alertas tinham fundamento.
Um apelo ao líder do governo
Ao vereador Fabrício, líder do governo, levo esta preocupação com todo o respeito: precisamos de respostas claras. Se eu estiver equivocado, serei o primeiro a vir a público e pedir desculpas. No entanto, é importante frisar que quem mais sofrerá com essa falta de planejamento será a educação dos nossos filhos. E isso é algo que não podemos aceitar.
Educação em segundo plano?
Infelizmente, a impressão que fica é que a educação foi colocada em segundo plano. Isso é alarmante, ainda mais considerando que o prefeito atual é professor, alguém que, em teoria, deveria priorizar a educação como elemento fundamental de sua gestão. As ações recentes, contudo, não refletem esse discurso. A realidade prática contrasta fortemente com a narrativa apresentada.
Impacto pessoal e coletivo
Como pai de aluna da escola pública, minha preocupação é ainda mais pessoal. O descaso é sentido no dia a dia: parece que, se der certo, ótimo; se não, tudo bem — e isso não pode ser o normal. Esta não é uma questão política, de situação ou oposição. Trata-se dos nossos filhos, do futuro da nossa cidade.
Necessidade de organização e cuidado
Além do material pedagógico, a falta de organização atinge outros aspectos básicos da manutenção escolar, como a limpeza e o corte de grama. Havia uma licitação para empresas terceirizadas cuidarem desse serviço. O que aconteceu com ela? Por que a manutenção básica está sendo negligenciada? São questões simples, mas que impactam diretamente o ambiente escolar e a dignidade de quem estuda e trabalha ali.
Pequenas ações, grandes consequências
Grandes investimentos em indústrias e promessas de crescimento só fazem sentido se cuidarmos do básico. Como acreditar em um futuro promissor se hoje não conseguimos garantir nem o corte da grama nas escolas? Precisamos pensar nos pequenos detalhes, pois deles dependem os grandes avanços.
Material de qualidade importa
A preocupação com o material didático não é superficial. Crianças são sensíveis ao visual. Uma apostila bonita e colorida estimula o interesse e o aprendizado. Já cópias preto e branco desmotivam. Isso é perceptível e não pode ser ignorado. A escolha do material — seja o Aprende Brasil ou outro — precisa ser feita com responsabilidade e deve vir acompanhada de um direcionamento claro para os professores e alunos.
Educação pública: um compromisso de todos
Eu acredito na educação pública. Estudei em escola pública. Minhas filhas estudam em escola pública. Mas a educação pública precisa ser tratada com respeito e ações concretas. A educação não pode esperar. Cada dia perdido é um prejuízo para as crianças e para o futuro da nossa sociedade. É hora de agir. É hora de colocar a educação em primeiro plano — não apenas no discurso, mas principalmente na prática.
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