O trânsito de Pato Branco tem passado por mudanças significativas nos últimos anos, com o aumento do número de veículos e o estreitamento das ruas. Em meio a esse cenário, segundo Eduardo Dala Costa, surgem preocupações legítimas com a segurança, principalmente em áreas escolares. Atendendo a pedidos de moradoras da região — como as irmãs Teatinas citadas em relato recente —, foi encaminhado um ofício à Câmara solicitando providências para melhorar a sinalização viária. A resposta oficial apontou que a faixa elevada instalada está dentro dos parâmetros legais. No entanto, essa medida isolada não basta. Fiscalizar é essencial, mas é ainda mais urgente cultivar a prudência por parte dos motoristas. Em especial, nas proximidades de escolas, é indispensável reduzir a velocidade, respeitando a presença de crianças e pedestres.
Cultura de paciência e respeito: um apelo à consciência coletiva
É preciso desenvolver uma cultura de maior paciência no trânsito. Pequenas atitudes, como aguardar alguns segundos mesmo com o semáforo aberto, podem fazer grande diferença. A impaciência — expressa em buzinas, pressa desnecessária ou atitudes agressivas ao volante — não contribui para um trânsito mais seguro nem eficiente. Pelo contrário, aumenta o risco de acidentes e tensão entre os usuários das vias. A cidade cresceu, os veículos aumentaram, e as estruturas viárias, como os novos loteamentos com estacionamento em apenas um lado da rua, nem sempre acompanham esse ritmo. O bom senso precisa ser o guia principal nas decisões e atitudes cotidianas dos motoristas.
Casos de risco e medidas alternativas
O caso de uma professora atropelada na saída da escola no ano anterior evidencia a gravidade da situação. Mesmo após cirurgia, o episódio serve de alerta para a necessidade de ações mais efetivas. Diante da insuficiência da faixa elevada, as próprias educadoras tomaram a iniciativa de adquirir tachões móveis — dispositivos colocados manualmente nos horários de entrada e saída das crianças — para tentar proteger os pequenos. A região em questão, por estar próxima à zona rural do município, recebe tráfego intenso de caminhões carregados, o que aumenta ainda mais o risco. Nestes casos, lombadas podem até ser contraproducentes. Por isso, torna-se indispensável que motoristas de veículos leves redobrem a atenção e responsabilidade.
Atendimento social e a urgência de políticas públicas efetivas
No campo da assistência social, a atuação da equipe técnica tem sido eficiente, respondendo com agilidade via WhatsApp, inclusive com continuidade do contato da gestão anterior. Entretanto, permanece o desafio estrutural: a falta de opções para encaminhar as pessoas em situação de rua, resultando em um ciclo repetitivo de acolhimento e retorno às ruas.É fundamental ir além da assistência imediata. É preciso dar oportunidades reais para essas pessoas reconstruírem suas vidas — ou seja, não basta oferecer o peixe, é necessário ensinar a pescar. A atuação deve focar na promoção de autonomia e inserção social duradoura.
Segurança pública: combate ao assédio e fortalecimento da guarda municipal
Um evento recente, mencionado por outro vereador, envolvendo uma mãe e uma criança presenciando uma cena de assédio em via pública, chamou a atenção pela gravidade. Casos como esse exigem ação imediata. Denúncias devem ser feitas e as autoridades policiais precisam atuar com rigor. Assédio é crime, e o agressor precisa ser responsabilizado. A proposta de reforçar o policiamento e implementar a guarda municipal já foi debatida na Câmara, e agora requer análise aprofundada dos custos e viabilidade. Medidas como essa são fundamentais para garantir a segurança da população.
Pato Branco: uma bolha de tranquilidade e responsabilidade
Apesar dos desafios, há muito a se valorizar em Pato Branco. A cidade ainda preserva um nível de segurança raro em outros centros urbanos. É possível, por exemplo, deixar objetos de valor no carro sem o receio constante de roubo — uma realidade impensável em grandes metrópoles como São Paulo. Essa sensação de segurança é fruto de uma comunidade trabalhadora, comprometida com suas famílias e com o bem coletivo. Cabe aos legisladores promover políticas públicas que garantam a continuidade dessa qualidade de vida e que acompanhem o crescimento do município com responsabilidade.
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