O vereador Rafael Foss trouxe à tona uma preocupação urgente que afeta diretamente a saúde pública da nossa cidade: a superlotação no UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a necessidade de ações imediatas para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.
Superlotação Crítica no UPA
Segundo o vereador, a situação na UPA tem se agravado rapidamente. Em poucos dias, o número de pessoas aguardando atendimento saltou de 10 para 60, depois 70 e chegou a 80. Essa escalada demonstra claramente que a estrutura atual não é suficiente para atender toda a demanda da população. Atualmente, a UPA dispõe de 11 leitos para adultos e 5 leitos pediátricos, número que é claramente insuficiente frente ao volume crescente de pacientes.
Limitações Estruturais e a Realidade dos Profissionais
O vereador reforça que, humanamente, não é possível atender toda a população nas atuais condições. Por isso, é essencial que a comunidade entenda que, muitas vezes, não adianta ir até a UPA esperando que todos os problemas sejam resolvidos imediatamente ou buscar soluções através de confrontos com os funcionários, que também estão sobrecarregados.
A Vacinação como Primeira Linha de Defesa
Uma das principais orientações repassadas pelos profissionais da saúde é clara: a vacinação é fundamental. Embora a vacina não impeça completamente a gripe, ela tem o papel de atenuar os sintomas, evitando que quadros evoluam para situações que demandem atendimento emergencial. Muitas das pessoas que estão recorrendo à UPA poderiam evitar isso se estivessem vacinadas e seguindo cuidados básicos. O vereador destaca que, apesar da disponibilidade, apenas 39% da população se vacinou até o momento, um índice extremamente baixo para uma cidade com cerca de 100 mil habitantes. Inclusive, ele relata que ele próprio ainda não havia tomado a vacina até recentemente, e reforça que a imunização agora está liberada para toda a população, não apenas para grupos de risco.
Soluções de Curto e Médio Prazo
Diante da situação, o vereador Rafael Foss foi até a UPA não apenas para entender melhor o problema, mas também para propor alternativas. Algumas das soluções discutidas incluem:
✔️ Extensão do Horário nos Postos de Saúde
Uma proposta imediata é estender o horário de funcionamento dos postos de saúde dos bairros, especialmente aqueles que concentram maior demanda no UPA. A sugestão é que esses postos funcionem até 9 ou 10 horas da noite, desafogando assim o pronto atendimento.
Ele cita que no bairro Alvorada essa medida já está em prática desde o ano passado, mas defende que ela deve ser expandida para outros bairros estratégicos.
✔️ Criação de um Hospital Dia
Pensando em uma solução de médio prazo, o vereador sugere a criação de um Hospital Dia, que atenderia casos menos graves e poderia aliviar significativamente a sobrecarga da UPA. A construção de uma nova UPA não é viável no momento, segundo informações da própria administração, especialmente devido ao tamanho da população e às restrições orçamentárias. No entanto, um Hospital Dia dedicado à população local surge como uma alternativa viável e de grande impacto.
✔️ Reaproveitamento de Estruturas Existentes
Outra ideia levantada é utilizar a estrutura da antiga garagem da prefeitura para instalar uma unidade de atendimento, acelerando o processo por já contar com parte da infraestrutura necessária.
A Situação Vai Além da UPA
O vereador também alerta que a situação crítica não se limita à UPA. Hospitais particulares da cidade estão igualmente sobrecarregados, e há relatos de pessoas deixando os hospitais privados para buscar atendimento no serviço público. Isso demonstra que o problema é sistêmico e afeta toda a rede de saúde da cidade, pública e privada.
A Responsabilidade É de Todos
Rafael Foss faz um apelo à população: é hora de colaborar, como fizemos na pandemia da Covid-19. É fundamental:
- Se vacinar, aproveitando que a imunização está disponível para todos.
- Adotar medidas básicas de cuidado, como usar máscara se estiver com sintomas.
- Evitar sobrecarregar a UPA com casos que poderiam ser tratados nos postos de saúde.
Brigar com atendentes ou profissionais de saúde não resolve o problema. Embora existam, sim, casos de servidores que não prestam o atendimento da melhor forma, é necessário manter o bom senso. A maioria dos profissionais está sobrecarregada, mas comprometida em ajudar dentro do possível.
Conclusão: A Hora de Agir é Agora
O recado é claro: não podemos esperar 3 ou 4 anos para começar a pensar em soluções estruturais para a saúde. É preciso, desde já, usar os recursos e estruturas disponíveis para enfrentar essa crise. A mobilização da população, aliada às medidas emergenciais propostas, como a ampliação dos horários dos postos e a criação de um Hospital Dia, são caminhos concretos para melhorar a situação. Vacine-se. Cuide de você, da sua família e da sua comunidade. Só juntos vamos superar esse desafio.
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