Saúde alerta para risco de doenças com baixa adesão às vacinas em Pato Branco

A baixa adesão às vacinas em Pato Branco preocupa autoridades de saúde e pode representar um risco direto à segurança da população. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, quando o calendário vacinal não é cumprido, doenças graves que estavam controladas ou até erradicadas, como sarampo, poliomielite e difteria, podem voltar a circular, ameaçando principalmente crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa.

Cobertura abaixo da meta

A secretária municipal de Saúde, Márcia Fernandes de Carvalho, explica que a queda nos índices de vacinação aumenta a probabilidade de surtos e epidemias. Isso significa mais internações, atendimentos de emergência e procedimentos de alto custo, além de um impacto direto na qualidade de vida da população. “Vacinar é um ato de proteção coletiva. Sem altas coberturas, todos ficam mais vulneráveis, inclusive quem não pode se vacinar por questões médicas”, ressalta.

A coordenadora de vacinação, Emanoeli Agnes Stein, confirma que a maioria das vacinas oferecidas está abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS), que costuma variar entre 90% e 95% de cobertura, dependendo do imunizante. “Hoje, atingimos a meta em apenas cinco vacinas, o que é muito pouco diante do calendário completo”, alerta.

Em agosto, somente BCG, hepatite B para recém-nascidos (até 30 dias), varicela, a tríplice bacteriana acelular para gestantes (difteria, tétano e coqueluche) e HPV alcançaram os índices recomendados.

Impactos sociais e econômicos

O problema da baixa adesão vai além da saúde individual. Quando doenças evitáveis voltam a circular, há aumento nos afastamentos escolares e do trabalho, queda na produtividade e maior pressão sobre os cofres públicos. “O custo de tratar uma complicação de sarampo ou poliomielite é infinitamente maior do que o custo de uma dose de vacina”, reforça Márcia.

Cenário nacional reflete no município

A situação de Pato Branco acompanha uma tendência observada em todo o país. O Brasil vem registrando queda nas coberturas vacinais desde 2016, o que preocupa especialistas e autoridades de saúde. O Ministério da Saúde já declarou que o risco de reintrodução de doenças como a poliomielite — erradicada no Brasil desde 1994 — é real, especialmente devido à redução da imunização infantil.

Onde se vacinar em Pato Branco

  • Salas de Vacina dos bairros:

    • Segunda a quinta-feira: 8h às 11h30 e 13h30 às 16h30

    • Sexta-feira: 13h às 15h

  • Sala de Vacina Central (Rua Paraná, nº 671):

    • Segunda a sexta-feira: 7h30 às 17h30

    • Primeira quarta-feira do mês: atendimento estendido até 20h

    • Última sexta-feira do mês: funcionamento até 15h

Um ato de responsabilidade coletiva

A Secretaria de Saúde reforça que manter o calendário vacinal em dia é essencial para proteger não apenas quem recebe a dose, mas toda a comunidade. “Cada pessoa vacinada contribui para a construção de uma barreira de proteção que impede o avanço das doenças. Vacinar é um gesto de cuidado consigo mesmo e com o próximo”, conclui a secretária.

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