Nesta segunda-feira (01), a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná (Cacispar) confirmou que enviará ao governador Carlos Massa Ratinho Junior um manifesto contra as medidas do decreto nº 6.983, de 26 de fevereiro de 2021. No entendimento da Coordenadoria, que representa 36 associações empresariais da região, os pequenos negócios não podem ser punidos, pois os empresários têm tomado medidas para evitar aglomerações e seguido as medidas preventivas, como uso de máscaras e álcool em gel. Por fim, o documento solicita a revogação imediata do decreto.
A posição da Cacispar é semelhante à da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), entidade que representa mais de 300 Associações Comerciais e cerca de 50 mil empresas, que declarou-se contrária ao lockdown no dia 26 de fevereiro. Tanto Faciap quanto Cacispar entendem que o Poder Público poderia trabalhar com medidas restritivas que impeçam aglomerações, como a Lei Seca e o toque de recolher, intensificando a fiscalização para punir os infratores.
O manifesto da Cacispar está sendo elaborado após pesquisa com o empresariado da região, por meio das 36 ACEs, no final de semana. Mais de dois mil empresários responderam a duas perguntas. Na primeira, 82,4% respondeu ser contra o fechamento do comércio. Na segunda, sobre qual formato o comércio deveria funcionar, 47,6% apontou sem restrição de horário e 42,8% com restrição de horário.
Depois de reunião com os integrantes do Conselho de Administração, a Cacispar também definiu outras ações:
– por meio das ACEs, passar orientações e suporte às empresas ligadas aos setores essenciais e que possam exercer suas atividades de alguma forma ainda que com restrições;
– realizar campanhas padronizadas junto às empresas tidas como não essenciais visando manifestações pacíficas como publicações em redes sociais e fixação de cartazes em vitrines (tema da campanha – Todas as atividades são essenciais).
O presidente da Cacispar, Paulo Sergio Bueno, ainda fez sugestão aos representantes das associações empresariais de municípios que recebem pacientes da região ou de microrregiões. “Solicitamos a gentileza de monitorar os hospitais e nos manter informados em relação a necessidade de insumos, como oxigênio por exemplo. E deixar de sobreaviso os setores empresariais que possuam esses insumos e que possam estar contribuindo para evitar colapso. É o mínimo que podemos fazer enquanto empresas socialmente responsáveis”, pontuou Paulo Sergio Bueno.

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